A importância do curriculum, ou content marketing pessoal?
Desde que iniciamos a nossa formação, principalmente quando procuramos dar o primeiro passo no mercado de trabalho, que ouvimos falar da importância do Curriculum. Temos de o fazer bem, seguindo regras e modelos bem definidos. E depois, é enviar...
E esperar que aquelas páginas escritas, com uma foto nossa, porque isso também pode influenciar a decisão de quem contrata, façam milagres!
Bom, na verdade, até onde consegui apurar na minha rede de relações, poucos podem dizer que foi através deste papel que surgiram as melhores oportunidades. Por vezes funcionam, pelo menos numa primeira abordagem, quando se trata de uma candidatura a pedido do empregador, por exemplo. Mas depois há alguém que faz uma pré-seleção para dar início a um caminho que pode levar à relação laboral.
E não vou discutir este tema das seleções, e da forma com são feitas, pois não sou especialista. Posso apenas basear-me em factos relatados por pessoas próximas na forma como algumas primeiras seleções são feitas. Daquilo que tenho visto acontecer, daquilo que eu próprio já fiz. Porque, de verdade, alguém lê as centenas de CV’s que chegam a uma empresa? Ou antes adoptam sistemas próprios de seleção de uns quantos que depois são vistos com maior pormenor? Pelo meio, provavelmente, ficou a pessoa certa para o cargo!
Mas posso confirmar que muitas vezes, uma grande maioria das vezes, os empregadores não conhecem as reais valias dos trabalhadores que têm ao seu dispor. Chega a ser ridículo ao ponto de nem conhecerem em pormenor o percurso profissional, ou de formação, dos seus trabalhadores.
Um CV é importante, mas apenas quando alguém , que não quem o escreve, o lê, e aproveita as valências que cada um dos seus trabalhadores tem para atingir os seus objetivos!
Por isso, além de um CV bonito, bem elaborado, é preciso que cada um invista numa espécie de campanha de marketing pessoal dentro da empresa (em fase de recrutamento, é óbvio que devemos aplicar também uma estratégia do género, sem parecer que se está a tentar vender a banha da cobra).
E neste contexto, as regras a aplicar ao content marketing também se podem adaptar. Afinal, queremos que os empregadores saibam que somos bons a fazer aquilo que aprendemos ao longo do percurso profissional, e que podemos ser a solução para atingir os objetivos, e não que oiçam apenas dizer que somos os maiores. Tal como no caso das marcas, o herói da história não é o produto, no marketing pessoal a história também se deve centrar nas nossas competências e não no nosso umbigo.
Mas para isto ter valor, para que tenha um efeito positivo, quem lidera, quem assume cargos de chefia, tem de estar aberto a este marketing. Tem de procurar o melhor para a empresa sem pensar apenas como fazer a gestão da sua carreira, ignorando o percurso das pessoas que os rodeiam!